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João Guimarães Rosa

O mago da linguagem e o reinventor do sertão, que transformou a fala regional em literatura universal.

João Guimarães Rosa foi um escritor, diplomata e médico mineiro, considerado um dos maiores revolucionários da prosa brasileira. Sua vida profissional dupla, como médico no interior de Minas Gerais e depois como diplomata em diversos países, deu-lhe uma combinação única de perspectivas: o conhecimento profundo da alma e da paisagem do sertão brasileiro e uma erudição cosmopolita. Essa dualidade está na base de sua obra.


A grande revolução de Guimarães Rosa foi linguística. Ele acreditava que a linguagem era a matéria-prima e o próprio fim da literatura. Em seus textos, ele desconstrói e reconstrói a língua portuguesa, fundindo termos arcaicos, neologismos, fala popular sertaneja e estruturas de outras línguas para criar um estilo único e musical. Seu sertão não é apenas uma região geográfica, mas um espaço mítico e universal, um palco para as grandes questões da existência humana: o bem e o mal, o amor, a violência, a morte e a busca por Deus.


Principais obras:


  • Grande Sertão: Veredas: A obra-prima de Guimarães Rosa e um dos monumentos da literatura mundial. O romance é um longo e ininterrupto monólogo do ex-jagunço Riobaldo, que narra sua vida a um interlocutor anônimo. Ele conta suas batalhas, sua jornada pelo sertão, seu amor avassalador por Diadorim e, acima de tudo, sua angústia existencial diante da dúvida sobre a existência do diabo, com quem ele acredita ter feito um pacto. É uma imersão profunda na linguagem, na filosofia e na complexidade da alma humana.


  • Sagarana: O livro de estreia de Rosa, uma coleção de nove novelas que já anunciavam a genialidade que estava por vir. O título é um híbrido de "saga" (nórdico) e "rana" (tupi, significando "à maneira de"), indicando sua intenção de contar as histórias do sertão com uma dimensão épica e universal. Cada conto explora o universo sertanejo, com seus vaqueiros, coronéis e crendices, através de uma linguagem já inovadora e cheia de musicalidade.


  • Primeiras Estórias: Nesta coleção de 21 contos muito curtos, Guimarães Rosa atinge um nível de lirismo e concisão extraordinários. As histórias frequentemente exploram momentos de epifania e revelação na vida de personagens simples, muitas vezes crianças, animais ou pessoas à margem da sociedade. O tom é mais metafísico e poético, onde o fantástico e o real se encontram em narrativas que se assemelham a parábolas filosóficas, revelando a beleza e o mistério do mundo.

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